O blog, quer sensibilizar as autoridades politicas blumenauense e a sua população, a respeito da preservação da nossa história. Criei o blog, pois sou neto do Sr Alfredo da Luz, último Marinheiro-Patrão, da embarcação, e em homenagem ao meu tio Pedro da Luz, que por cinco décadas assumiu essa luta pela preservação do Patrimonio. Moro em Cascavel, mas acredito que a distância não vai me deixar esmorecer e fazer com que o Vapor Blumenau caia no esquecimento.
sábado, 2 de abril de 2011
"CHEGADA DO VAPOR INCREMENTOU A NAVEGAÇÃO"
O Vapor Blumenau era o barco mais poderoso da sua época na região. Encomendado para reforçar o trabalho do Vapor Progresso, o Blumenau singrou as águas do Rio Itajaí-Açu pela primeira vez em 30 de maio de 1895. Ele vinha de Itajaí, com o governador Hercílio Pedro da Luz e outras autoridades políticas, depois de ter cruzado o Oceano Atlântico desmontado.
O Blumenau foi a segunda aquisição de grande porte da Companhia Fluvial a Vapor Blumenau-Itajaí, criada em 1878, por iniciativa de empresários e comerciantes de destaque de Blumenau, Gaspar e Itajaí. A finalidade da Companhia era criar uma linha regular de transporte fluvial para levar e trazer mercadorias e pessoas entre o Litoral e a incipiente Blumenau. A primeira aquisição foi o Vapor progresso.
A Vida centenária do Vapor Blumenau começou a ser traçada em 1893, quando a Companhia Fluvial encomendou um vapor para os estaleiros da Schlicksche und Maschinenbauanstalt. Pronto, ele cruzou o Atlântico desmontado. Em 1894, no Porto de Itajaí, o vapor foi remontado e finalmente estava pronto para navegar.
Com potência de 80 cavalos, o Blumenau levava cerca de 7 horas e meia para subir o rio. Na direção oposta, com a ajuda das correntezas, levava em média quatro horas, segundo informações da historiadora Edith Kormann no livro Blumenau - Arte, Cultura e as Histórias da Sua Gente. Por ser mais rápido que o Progresso, foi apelidado, segundo Kormann, como "palheta".
O advogado e memorialista Niels Deeke, 65 anos, lembra das várias marolas provocadas pelo vapor e que dispersavam os robalos quando ele tinha 10 anos. Era muito interessante ouvir, vindo de longe, o som característico do deslocamento d'água provocado pelas potentes palhetas de propulsão do Blumenau", relembra Deeke. "Mas era o terror da pescaria, porque as marolas criadas pelo vapor determinavam o fim da pescaria naquele dia", comenta. O navio percorria três vezes por semana o trajeto de ida até o Porto de Itajaí e volta.
- Matéria publicada no Jornal de Santa Catarina em 31/08 e 01/09/2002.
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Gostaria de ver fotos da tripulação da época meu avô era marinheiro mas não tenho nada referente a história do mesmo e que posto ele estava.
ResponderExcluirSeu nome era Antero Cristóvão